Quem sou eu para educar?

Quem sou eu para educar?

Desde os primeiros passos da minha carreira, busquei entender que a educação não se limita às quatro paredes da sala de aula. Foi com essa visão que fundei a empresa Orientando Quem Orienta, um projeto que surgiu de um insight profundo sobre a necessidade de reconfigurar o olhar sobre a educação do diretor de escola, considerando as demandas da sociedade e as mudanças rápidas e imprevisíveis que o mundo VUCA e BANI impõem a cada dia.

Minha jornada também é marcada por minha experiência como escritora. Compartilho, por meio das palavras, as vivências e as lições acumuladas ao longo dos anos, desde a criação e execução de políticas públicas educacionais até a ocupação de cargos que me permitiram compreender que a educação vai muito além da simples instrução de conteúdos. A educação é, na verdade, um campo de transformação contínua, uma construção coletiva de soluções que nos permite lidar com os desafios sociais, tanto no contexto escolar quanto em toda a sociedade. Cada passo da minha trajetória tem sido guiado por uma visão mais ampla e integrada, onde educar significa atuar ativamente na construção do futuro.

Design Thinking surge como uma abordagem poderosa para facilitar a estruturação do pensamento e das relações. Essa abordagem, que promove a empatia, a colaboração e a experimentação, permite aos educadores e líderes criar soluções inovadoras e eficazes para os desafios educacionais que enfrentam. Ao aplicar os princípios do Design Thinking, conseguimos compreender as necessidades reais dos estudantes e das comunidades educacionais, redefinir os problemas de forma criativa e criar soluções que sejam, ao mesmo tempo, práticas e impactantes.

Ao longo dessa jornada, percebi uma lacuna crítica: a formação universitária, embora forneça uma base teórica sólida, ainda carece de ferramentas que capacitem educadores e empreendedores a enfrentarem os desafios reais do mundo. Na universidade, por exemplo, não aprendemos a empreender ideias ou a resolver problemas de forma criativa e prática. Também faltam competências essenciais como o pensamento complexo e a adaptação às novas realidades. Esse vazio se torna ainda mais evidente em um mundo pós-pandemia, onde a complexidade e a incerteza se tornaram parte de nosso cotidiano.

Foi exatamente nesse cenário que minha empresa, Orientando Quem Orienta, nasceu. O objetivo da empresa é preparar educadores e líderes para os desafios atuais, oferecendo-lhes competências fundamentais para resolver conflitos, empoderar lideranças e cultivar uma mentalidade inovadora, capaz de entender e lidar com as camadas de complexidade que caracterizam o ambiente educacional de hoje. A educação, portanto, precisa ir além do ensino formal de conteúdos; ela deve formar líderes e pensadores críticos, que possam atuar como agentes de transformação em espaços sociais mais amplos, não apenas no ambiente escolar.

Hoje, o mercado exige profissionais capacitados para resolver problemas, com habilidades de gestão de conflitos, que enxerguem a diversidade como um valor e saibam se adaptar a um ambiente educacional fluido e dinâmico. Como empreendedora e pedagoga, dedico meu trabalho a criar soluções práticas que permitam aos educadores aplicar metodologias e abordagens inovadoras em suas práticas diárias, ajudando-os a ser mais eficazes no desenvolvimento de projetos que realmente façam a diferença.

Neste contexto, o Design Thinking surge como uma abordagem poderosa para facilitar a estruturação do pensamento e das relações. Essa abordagem, que promove a empatia, a colaboração e a experimentação, permite aos educadores e líderes criar soluções inovadoras e eficazes para os desafios educacionais que enfrentam. Ao aplicar os princípios do Design Thinking, conseguimos compreender as necessidades reais dos estudantes e das comunidades educacionais, redefinir os problemas de forma criativa e criar soluções que sejam, ao mesmo tempo, práticas e impactantes.

O Design Thinking facilita a construção de uma mentalidade de inovação, permitindo que os educadores trabalhem de maneira colaborativa, testem ideias e ajam de forma ágil, adaptando-se rapidamente às mudanças. Ele promove uma abordagem multidisciplinar que pode ajudar a superar os desafios emocionais, sociais e cognitivos que os estudantes enfrentam, criando um ambiente educacional mais inclusivo, humano e eficaz.

Esse ano, especialmente em agosto, completo 8 anos como facilitadora de Design Thinking para Educadores, e não posso deixar de refletir sobre o impacto dessa jornada na minha própria forma de pensar e agir. Foi transformador. Meu cérebro, minhas ideias e tudo o que proponho hoje são gerados pelo pensamento de design. Ele me permitiu olhar para os desafios educacionais de maneira diferente, criativa e inovadora. Cada metodologia que compartilho e cada ação que tomo têm essa mentalidade como base. O Design Thinking não apenas modificou a minha prática pedagógica, mas transformou minha visão de mundo e como vejo a educação.

Na atualidade, é imperativo que o pensamento pedagógico se modernize. Precisamos preparar os educadores para atuar de forma estratégica, utilizando ferramentas como o Design Thinking para estabelecer uma cultura de inovação educacional. Essa cultura deve ser capaz de responder às novas demandas do mercado, mas também aos desafios emocionais e psicológicos dos estudantes. A formação de um pedagogo ou educador precisa ser multidimensional, capaz de atender a todas as dimensões da formação humana, cognitiva, emocional, social e ética.

O meu compromisso com a transformação real da educação não é apenas reflexivo, mas também prático. Utilizo meu capital intelectual para agir de forma concreta, criando soluções que ajudem a educar de maneira mais inclusiva, inovadora e transformadora. Cada passo dado em minha jornada visa criar um futuro educacional que seja capaz de responder aos desafios do nosso tempo, aplicando metodologias como o Design Thinking para conectar teoria, prática e inovação.

Agora, com o avanço da inteligência artificial, me pergunto: será que todos têm o discernimento necessário para refletir sobre essas questões? Será que conseguem idealizar e contextualizar suas perguntas para terem respostas de forma que realmente reflitam sua trajetória e pensamento? A pergunta “Quem sou eu para educar?” me acompanha desde os anos 80 e, à medida que os tempos mudam, ela se torna ainda mais pertinente e persistente. Em um mundo de constantes mudanças, o papel de educador nunca foi tão desafiador. E, com a ajuda do Design Thinking, temos a capacidade de repensar, inovar, cocriar e transformar a educação de maneira profunda e impactante.

Orientando

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