Arquivar junho 15, 2025

Como podemos melhorar a gestão da FICAI?

Diante dos inúmeros desafios que fazem parte da rotina da Orientação Educacional, uma das grandes demandas que gera sobrecarga e exige extrema organização é o acompanhamento da frequência dos alunos e o preenchimento da FICAI – Ficha de Comunicação de Aluno Infrequente, conforme as orientações das Secretarias de Educação em parceria com os Conselhos Tutelares.

O processo de levantamento das faltas, busca ativa, contato com as famílias, registro das justificativas e organização das informações demanda tempo, atenção e cuidado. Em muitos momentos, essa atividade se torna uma dor na rotina do orientador, que já lida com múltiplas funções e atendimentos diários.

Pensando em reduzir esse impacto, otimizar o tempo e tornar a gestão desse processo mais eficiente, compartilho a prática que venho aplicando: a criação de um Formulário Online de Justificativas de Faltas. Uma ferramenta que responde à necessidade de tornar esse processo mais ágil, organizado, acessível e seguro, tanto para as famílias quanto para a escola.

Por meio dessa estratégia, o Orientador Educacional consegue coletar, organizar e acessar os dados em tempo real, facilitando o acompanhamento dos alunos, o registro formal das informações e o preenchimento correto da FICAI, garantindo, assim, a efetividade das ações de proteção ao direito à educação.

Orientações para o Orientador Educacional – Criação e Gestão do Formulário de Justificativas de Faltas

Pensando em otimizar o tempo, melhorar a organização e tornar mais eficiente o controle das justificativas de faltas e o preenchimento da FICAI, o Orientador Educacional pode criar um Formulário Online no Google Forms, acessível para todos os responsáveis da escola.

Essa ferramenta permite:
>>Reunir, de forma prática, as informações das justificativas de faltas.
>>Organizar automaticamente os dados em uma planilha online.
>>Facilitar o acompanhamento da frequência e o preenchimento correto da FICAI, conforme as normas da Secretaria de Educação.


Como Criar o Formulário – Passo a Passo para o Orientador

  1. Acesse o Google Forms:
  • Vá até Google Forms.
  • Clique em “+ em branco” para iniciar um novo formulário.
  1. Crie os Campos Obrigatórios:
  • Nome completo do aluno(a)
  • Turma (crie uma lista com todas as turmas da escola, de todos os turnos, para que as famílias possam selecionar corretamente)
  • Data(s) da(s) falta(s)
  • Nome completo do responsável
  • Telefone para contato
  • Motivo da falta (campo descritivo para o responsável informar o motivo)
  • Anexar atestado ou documento (opcional – ativar a opção de upload de arquivo)
  1. Personalize e Organize:
  • Insira a identificação da escola no título do formulário.
  • Coloque uma mensagem clara no início, explicando que este é o canal oficial para justificar faltas escolares.
  1. Compartilhe com as Famílias:
  • Gere o link no botão “Enviar” → Link.
  • Divulgue para todos os turnos e turmas, nos grupos de WhatsApp, na agenda dos alunos, nos murais físicos ou redes da escola.

Como Usar as Respostas:

  • Na aba “Respostas”, clique no ícone da planilha (Criar Planilha).
  • Todos os dados preenchidos irão automaticamente para a planilha vinculada, organizada por:
    >> Nome do aluno
    >> Turma
    >> Data(s) da(s) falta(s)
    >> Motivo informado
    >> Telefone do responsável
    >> Comprovante (se houver)
  • Utilize os filtros da planilha para organizar por turma, período ou aluno.
  • Essa planilha servirá como base para preencher a FICAI, registrar em ATA da orientação e acompanhar reincidências de faltas.

Benefícios Diretos:

>>Formulário único para todas as turmas e turnos.
>>Dados organizados em tempo real.
>>Facilidade para localizar informações e preencher a FICAI.
>>Agilidade na comunicação com as famílias.
>>Segurança e arquivamento digital dos registros.

Que possamos, como Orientadores Educacionais, transformar desafios em soluções inteligentes, tornando nossa prática mais leve, eficiente e significativa. Inovar não é apenas usar novas ferramentas, mas é também reinventar nosso jeito de cuidar, acompanhar e proteger o direito de aprender.

Organizar o tempo, facilitar os processos e fortalecer a parceria com as famílias é também um ato de cuidado e compromisso com uma educação de qualidade. Que essa experiência inspire você a construir caminhos mais simples, ágeis e humanizados, sem prescindir da responsabilidade que a FICAI exige, mas sim tornando sua gestão mais eficiente e conectada com as demandas do nosso tempo.

Um carinho Pedagógico para Orientadores Educacionais

Para acessar um conteúdo ainda mais completo, clique aqui e receba um presente, um carinho pedagógico desta Orientadora Educacional, que segue com os pés, os braços, as mãos e o coração inteiros na escola, vivendo e construindo, todos os dias, a realidade da Educação Infantil.

Sigamos inovando, siga transformando!

Quem sou eu para educar?

Desde os primeiros passos da minha carreira, busquei entender que a educação não se limita às quatro paredes da sala de aula. Foi com essa visão que fundei a empresa Orientando Quem Orienta, um projeto que surgiu de um insight profundo sobre a necessidade de reconfigurar o olhar sobre a educação do diretor de escola, considerando as demandas da sociedade e as mudanças rápidas e imprevisíveis que o mundo VUCA e BANI impõem a cada dia.

Minha jornada também é marcada por minha experiência como escritora. Compartilho, por meio das palavras, as vivências e as lições acumuladas ao longo dos anos, desde a criação e execução de políticas públicas educacionais até a ocupação de cargos que me permitiram compreender que a educação vai muito além da simples instrução de conteúdos. A educação é, na verdade, um campo de transformação contínua, uma construção coletiva de soluções que nos permite lidar com os desafios sociais, tanto no contexto escolar quanto em toda a sociedade. Cada passo da minha trajetória tem sido guiado por uma visão mais ampla e integrada, onde educar significa atuar ativamente na construção do futuro.

Design Thinking surge como uma abordagem poderosa para facilitar a estruturação do pensamento e das relações. Essa abordagem, que promove a empatia, a colaboração e a experimentação, permite aos educadores e líderes criar soluções inovadoras e eficazes para os desafios educacionais que enfrentam. Ao aplicar os princípios do Design Thinking, conseguimos compreender as necessidades reais dos estudantes e das comunidades educacionais, redefinir os problemas de forma criativa e criar soluções que sejam, ao mesmo tempo, práticas e impactantes.

Ao longo dessa jornada, percebi uma lacuna crítica: a formação universitária, embora forneça uma base teórica sólida, ainda carece de ferramentas que capacitem educadores e empreendedores a enfrentarem os desafios reais do mundo. Na universidade, por exemplo, não aprendemos a empreender ideias ou a resolver problemas de forma criativa e prática. Também faltam competências essenciais como o pensamento complexo e a adaptação às novas realidades. Esse vazio se torna ainda mais evidente em um mundo pós-pandemia, onde a complexidade e a incerteza se tornaram parte de nosso cotidiano.

Foi exatamente nesse cenário que minha empresa, Orientando Quem Orienta, nasceu. O objetivo da empresa é preparar educadores e líderes para os desafios atuais, oferecendo-lhes competências fundamentais para resolver conflitos, empoderar lideranças e cultivar uma mentalidade inovadora, capaz de entender e lidar com as camadas de complexidade que caracterizam o ambiente educacional de hoje. A educação, portanto, precisa ir além do ensino formal de conteúdos; ela deve formar líderes e pensadores críticos, que possam atuar como agentes de transformação em espaços sociais mais amplos, não apenas no ambiente escolar.

Hoje, o mercado exige profissionais capacitados para resolver problemas, com habilidades de gestão de conflitos, que enxerguem a diversidade como um valor e saibam se adaptar a um ambiente educacional fluido e dinâmico. Como empreendedora e pedagoga, dedico meu trabalho a criar soluções práticas que permitam aos educadores aplicar metodologias e abordagens inovadoras em suas práticas diárias, ajudando-os a ser mais eficazes no desenvolvimento de projetos que realmente façam a diferença.

Neste contexto, o Design Thinking surge como uma abordagem poderosa para facilitar a estruturação do pensamento e das relações. Essa abordagem, que promove a empatia, a colaboração e a experimentação, permite aos educadores e líderes criar soluções inovadoras e eficazes para os desafios educacionais que enfrentam. Ao aplicar os princípios do Design Thinking, conseguimos compreender as necessidades reais dos estudantes e das comunidades educacionais, redefinir os problemas de forma criativa e criar soluções que sejam, ao mesmo tempo, práticas e impactantes.

O Design Thinking facilita a construção de uma mentalidade de inovação, permitindo que os educadores trabalhem de maneira colaborativa, testem ideias e ajam de forma ágil, adaptando-se rapidamente às mudanças. Ele promove uma abordagem multidisciplinar que pode ajudar a superar os desafios emocionais, sociais e cognitivos que os estudantes enfrentam, criando um ambiente educacional mais inclusivo, humano e eficaz.

Esse ano, especialmente em agosto, completo 8 anos como facilitadora de Design Thinking para Educadores, e não posso deixar de refletir sobre o impacto dessa jornada na minha própria forma de pensar e agir. Foi transformador. Meu cérebro, minhas ideias e tudo o que proponho hoje são gerados pelo pensamento de design. Ele me permitiu olhar para os desafios educacionais de maneira diferente, criativa e inovadora. Cada metodologia que compartilho e cada ação que tomo têm essa mentalidade como base. O Design Thinking não apenas modificou a minha prática pedagógica, mas transformou minha visão de mundo e como vejo a educação.

Na atualidade, é imperativo que o pensamento pedagógico se modernize. Precisamos preparar os educadores para atuar de forma estratégica, utilizando ferramentas como o Design Thinking para estabelecer uma cultura de inovação educacional. Essa cultura deve ser capaz de responder às novas demandas do mercado, mas também aos desafios emocionais e psicológicos dos estudantes. A formação de um pedagogo ou educador precisa ser multidimensional, capaz de atender a todas as dimensões da formação humana, cognitiva, emocional, social e ética.

O meu compromisso com a transformação real da educação não é apenas reflexivo, mas também prático. Utilizo meu capital intelectual para agir de forma concreta, criando soluções que ajudem a educar de maneira mais inclusiva, inovadora e transformadora. Cada passo dado em minha jornada visa criar um futuro educacional que seja capaz de responder aos desafios do nosso tempo, aplicando metodologias como o Design Thinking para conectar teoria, prática e inovação.

Agora, com o avanço da inteligência artificial, me pergunto: será que todos têm o discernimento necessário para refletir sobre essas questões? Será que conseguem idealizar e contextualizar suas perguntas para terem respostas de forma que realmente reflitam sua trajetória e pensamento? A pergunta “Quem sou eu para educar?” me acompanha desde os anos 80 e, à medida que os tempos mudam, ela se torna ainda mais pertinente e persistente. Em um mundo de constantes mudanças, o papel de educador nunca foi tão desafiador. E, com a ajuda do Design Thinking, temos a capacidade de repensar, inovar, cocriar e transformar a educação de maneira profunda e impactante.