Gostaria de compartilhar com vocês o plano para o curso “Como Costurar as Telas no Tecido Familiar? Mediação Digital e o Bem-Estar nas Famílias”, baseado no Plano de Ação: Telas com Consciência – Mediação Digital em Família, que estou preparando para 2026. A ideia central é promover o uso mais equilibrado e consciente das tecnologias digitais dentro das famílias, para fortalecer os vínculos familiares e promover o bem-estar digital. A metodologia de Design Thinking será aplicada para co-criar soluções práticas e personalizadas, com foco na reflexão sobre a saúde emocional e as competências midiáticas no contexto da tecnologia.
Além disso, o curso será escalável e replicável, para alcançar um número cada vez maior de famílias e comunidades, criando uma rede de multiplicadores que levarão o conteúdo adiante, garantindo o impacto e a sustentabilidade da ação ao longo do tempo.
Escolhi a metáfora da costura porque ela traduz, com delicadeza e força, o que significa educar e mediar relações no mundo digital. Costurar é um gesto paciente, cuidadoso e intencional — assim como orientar famílias a reconstruírem seus vínculos em meio às telas. Cada ponto representa uma conversa, cada alinhavo simboliza uma escolha consciente, cada remendo revela a coragem de reparar o que precisa ser fortalecido. Assim como um tecido ganha forma quando trabalhado com afeto e técnica, as relações familiares também se reorganizam quando acolhemos, dialogamos e criamos juntos. A costura, então, torna-se metáfora do que desejo: ajudar cada família a tecer um uso mais humano, equilibrado e ético das tecnologias, sem romper o tecido das relações, mas reforçando-o com propósito e sensibilidade
Graça Santos, Multiplicadora de Educação Midiática
Fase 1: Preparando o Tecido para a Paz Digital
No início, as famílias serão convidadas a refletir sobre como o uso das telas impacta suas relações dentro de casa. Iniciaremos com a palestra interativa intitulada “Tecnologia e Família: Construindo Pontes ou Barreiras?”, que vai gerar uma conscientização inicial sobre os desafios e oportunidades do mundo digital. Em seguida, realizaremos a dinâmica “Como as Telas Moram na Nossa Casa?” para identificar as práticas digitais de cada família e, assim, construir um diagnóstico compartilhado sobre os desafios que enfrentam.
Objetivo: Criar um diagnóstico coletivo das necessidades e desafios das famílias no uso das telas, promovendo uma reflexão consciente desde o início.
Fase 2: Costurando a Confiança Digital
Nesta fase, vamos discutir as duas principais abordagens de mediação digital: mediação ativa (diálogo e confiança) e mediação restritiva (controle e vigilância). A roda de conversa “Como Promover a Autonomia Digital sem Perder o Controle Saudável?” será o espaço para as famílias refletirem sobre o impacto emocional de cada abordagem e as práticas que favorecem o bem-estar de todos os membros da casa.
Objetivo: Aprofundar a compreensão sobre as diferentes abordagens de mediação digital e escolher a que mais se alinha às realidades familiares, com um olhar atento para o bem-estar emocional.
Fase 3: Interpretando as Ferramentas de Mediação Digital
Aqui, entra a parte prática: vamos explorar ferramentas de controle parental como Google Family Link e Apple Tempo de Uso. O objetivo não é usá-las de forma punitiva, mas como ferramentas de educação e colaboração. Durante a oficina prática, discutiremos como essas ferramentas podem fortalecer a confiança e o relacionamento familiar, sem se tornarem instrumentos de vigilância excessiva.
Objetivo: Refletir sobre o uso colaborativo das ferramentas de controle parental, mantendo o foco no diálogo e no fortalecimento da confiança familiar.
Fase 4: Costurando Acordos Familiares de Mediação Digital
Agora, vamos para a criação de soluções práticas e personalizadas. Cada família será incentivada a criar seus próprios planos de mediação digital. Durante a oficina de ideação, elas irão cocriar suas regras e acordos sobre como usar a tecnologia de maneira equilibrada, respeitando os valores familiares e priorizando o bem-estar emocional de todos os membros.
Objetivo: Permitir que as famílias cocriem soluções próprias para um uso saudável da tecnologia, empoderando-os a aplicar suas estratégias de forma contínua e adaptável.
Fase 5: Experimentando e Ajustando a Costura Digital
Cada família implementará seu Plano Familiar de Mediação Digital e compartilhará suas experiências com o grupo. Durante os encontros, receberão feedback coletivo, o que permitirá ajustar as soluções propostas, garantindo que sejam práticas e viáveis no cotidiano de cada família.
Objetivo: Testar e ajustar as soluções de mediação digital para garantir que as práticas se adaptem às necessidades reais de cada família e possam ser replicadas em diferentes contextos.
Fase 6: Verificando a Resistência do Tecido Familiar
Após 45 dias, faremos um acompanhamento com as famílias para avaliar a eficácia dos planos implementados. Esse encontro será um momento importante para identificar os desafios persistentes e realizar os ajustes necessários, garantindo que as práticas de mediação digital se tornem sustentáveis a longo prazo.
Objetivo: Avaliar a continuidade das práticas e garantir que o uso das tecnologias seja equilibrado, promovendo um ambiente digital saudável e sustentável.
Imagens e Vídeos
Durante o curso, registraremos todas as atividades com fotos, vídeos e depoimentos dos participantes. As imagens serão usadas para ilustrar a implementação das ideias e a interação das famílias, além de ajudar a compartilhar os impactos da ação com outras famílias que participarão no futuro.
Diário Reflexivo
Diário Reflexivo: Relato sobre a Aplicação no Futuro (2026)
Objetivos: Ao final do curso, espera-se que as famílias se sintam capacitadas a usar as tecnologias de forma saudável e equilibrada, fortalecendo os vínculos familiares e refletindo sobre o impacto das telas no bem-estar emocional de todos.
Resultados Esperados: Espera-se que 85% dos participantes implementem e ajustem seus planos de mediação digital. O curso visa também melhorar a comunicação entre pais e filhos, reduzindo comportamentos digitais de risco e incentivando discussões abertas sobre o uso da tecnologia e seu impacto.
O que Funcionou: A cocriação foi eficaz. As famílias se sentiram empoderadas ao desenvolver suas próprias soluções, o que aumentou a adesão e sustentabilidade dos planos. As plataformas digitais (Instagram, Wakelet, e site) também tiveram papel crucial no engajamento contínuo, proporcionando suporte constante.
Desafios: A desigualdade de acesso digital foi um desafio, com algumas famílias tendo dificuldades para acessar as plataformas ou utilizar as ferramentas tecnológicas. Para resolver isso, materiais offline serão criados, e soluções acessíveis serão introduzidas. Além disso, a adesão dos adolescentes foi mais difícil. Estratégias específicas para os jovens serão necessárias.
Reação do Público: A resposta foi positiva, com muitos pais relatando melhoras na comunicação e destacando como o curso os ajudou a abrir mais diálogo com seus filhos. Alguns participantes, no entanto, mencionaram dificuldades em manter a continuidade devido à falta de dispositivos suficientes.
Lições Aprendidas: A personalização das soluções é crucial. Cada família tem realidades únicas, e as abordagens precisam ser adaptáveis. Também ficou claro que a desigualdade digital precisa ser abordada de maneira mais estruturada, oferecendo soluções adaptáveis a diferentes realidades socioeconômicas.
Reflexão Final: A mediação digital deve ser encarada como um espaço de diálogo contínuo, onde as famílias são empoderadas para tomar decisões conscientes sobre o uso das tecnologias. As práticas devem ser flexíveis e adaptáveis, principalmente para comunidades vulneráveis.
Próximos Passos: Expandir o projeto por meio de parcerias com escolas e ONGs, especialmente em comunidades vulneráveis. A formação de multiplicadores será essencial para replicar o curso em outras regiões, ampliando o impacto e garantindo sua sustentabilidade a longo prazo.
Conclusão: Este curso será mais do que um simples treinamento. Ele será uma transformação no relacionamento das famílias com a tecnologia, promovendo vínculos familiares mais fortes e um uso equilibrado e ético das tecnologias. Ao longo de 2026, esperamos expandir esse impacto, formando uma rede de multiplicadores que garantirá a continuidade do projeto, criando um ambiente digital saudável e consciente para todos os envolvidos
Ao refletir sobre o comercial “Born For The Internet” da MTS, que utiliza um recém-nascido demonstrando um domínio inato da tecnologia, sou convidada a pensar profundamente sobre a relação entre as novas gerações e o ambiente digital em que nascem. Minha experiência como orientadora educacional, com foco na primeira infância e na cidadania digital, oferece uma perspectiva valiosa para analisar este fenômeno.
A Mensagem do Comercial e a Realidade da Infância Digital
O vídeo, de forma lúdica e exagerada, captura uma percepção comum: a de que as crianças de hoje parecem já nascer “conectadas”. A imagem do bebê cortando o cordão umbilical após uma pesquisa no Google e postando selfies no Instagram é uma metáfora poderosa para a rapidez com que a tecnologia se integra às vidas desde o berço. Para mim, que atuo na educação e na orientação familiar, isso levanta questões importantes:
Nativos Digitais X Nativos Conectados: Embora a expressão “nativos digitais” seja amplamente utilizada, o comercial sugere algo além: uma “natividade conectada” intrínseca, onde a tecnologia não é apenas uma ferramenta, mas uma extensão da própria existência e desenvolvimento. Isso ressoa com minha observação sobre a importância de guiar “os guias de amanhã”, pois essa geração precisa de mais do que apenas acesso à tecnologia; precisa de orientação sobre como interagir com ela de forma saudável e ética.
Aceleração do Desenvolvimento e Expectativas: O bebê do anúncio realiza ações complexas para sua idade, brincando com a ideia de um desenvolvimento super acelerado impulsionado pela tecnologia. No entanto, na realidade, sei que o desenvolvimento infantil segue etapas cruciais, e a exposição precoce e desmedida à tecnologia pode, paradoxalmente, retardar ou desviar aspectos importantes do desenvolvimento cognitivo, emocional e social, sobre os quais tanto enfatizo, como a auto-regulação e a saúde mental infantil.
A “Magia” da Conectividade: O anúncio foca no deslumbramento com a capacidade tecnológica. No entanto, a filosofia de “Educar com o coração” e a importância do “afeto, o abraço, o olho no olho da criança, o beijo e a atenção” me lembram que a interação humana genuína e o vínculo afetivo são insubstituíveis e essenciais para o bem-estar infantil, independentemente do quão “conectado” o mundo se torne.
Implicações para a Educação e a Família
Este comercial, apesar de seu caráter humorístico, reflete uma tensão real que eu, como “orientadora educacional”, vivencio diariamente:
Responsabilidade Parental e Escolar: O domínio tecnológico do bebê no anúncio é apresentado sem consequências. Contudo, em meu trabalho, enfatizo a responsabilidade dos pais e educadores em guiar o uso digital, incluindo a definição de limites e a promoção da literacia midiática e cidadania digital. O comercial pode ser um ponto de partida para discussões sobre como equilibrar a inovação tecnológica com a proteção e o desenvolvimento saudável das crianças.
O Papel do Afeto na Era Digital: Meu lema “tece futuros com afeto, coragem e compromisso” é um contraponto crucial à frieza da tela. Mesmo que as crianças demonstrem uma facilidade impressionante com dispositivos, a necessidade de afeto e de uma rotina consistente (como menciono ser a chave para o sucesso na educação e no estabelecimento de limites) permanece fundamental. Como conciliar a conectividade com a necessidade vital de contato humano e desenvolvimento emocional?
Novos Desafios, Novas Orientações: O cenário retratado no comercial, embora ficcional, aponta para a necessidade contínua de projetos como o meu “Orientando Quem Orienta” e o programa “Escola de Pais”, do qual sou autora. É fundamental equipar pais e educadores com as ferramentas para entender e mediar a relação das crianças com a tecnologia, garantindo que o “ciclo da educação se multiplicar” inclua também uma educação digital consciente e humanizada.
Em suma, o comercial “Born For The Internet” é uma provocação divertida que, para mim, serve como um espelho para os desafios e as oportunidades da primeira infância na era digital. Ele me lembra que, por mais avançada que a tecnologia se torne, o cerne da educação e do desenvolvimento infantil continua a residir no afeto, na orientação e na construção de relações humanas sólidas.
Meu Motivo para Inserir o Vídeo no Site do Programa “Escola de Pais”: Costurando Saberes e ReImaginando Relações
A inclusão do vídeo “Born For The Internet” no site do programa “Escola de Pais”, de minha autoria, é uma estratégia intencional e poderosa para dialogar diretamente com as famílias e escolas sobre os desafios e oportunidades da era digital, promovendo a ideia de “costurar saberes e reimaginar relações entre famílias, escolas e filhos”.
O vídeo serve como um ponto de partida provocativo e visualmente impactante para a reflexão. Ele ilustra de forma hiperbólica a realidade de crianças que nascem em um mundo já imerso na tecnologia. Ao apresentar um recém-nascido com habilidades digitais avançadíssimas, o vídeo consegue:
Chamar a Atenção Imediata: O humor e a surpresa gerados pela cena inicial do bebê, que deveria representar a inocência e a dependência, mas demonstra total autonomia digital, capturam instantaneamente o interesse de pais e educadores.
Validar uma Percepção Comum: Muitas famílias e profissionais da educação sentem que as crianças de hoje possuem uma facilidade inata com a tecnologia. O vídeo exagera essa percepção, mas a torna palpável, abrindo espaço para discutir o que é realidade e o que é mito em relação aos “nativos digitais”.
Gerar Questionamentos Essenciais: Ao ver o vídeo, pais e educadores são naturalmente levados a se perguntar:
“Como a tecnologia está afetando o desenvolvimento do meu filho?”
“Estou preparada(o) para guiar meu filho nesse mundo digital?”
“Quais são os limites e as oportunidades dessa conectividade?”
“Como posso proteger meus filhos dos riscos e aproveitar os benefícios?”
Despertar a Necessidade de Orientação: A “super habilidade” do bebê no vídeo, embora divertida, pode também gerar uma sensação de despreparo ou inadequação nos adultos. Isso cria um contexto perfeito para apresentar o programa “Escola de Pais” como a solução, um espaço onde eles podem “costurar saberes” para entender esse novo cenário e “reimaginar relações” que integram a tecnologia de forma saudável.
Criar uma Linguagem Compartilhada: O vídeo oferece um cenário comum e facilmente reconhecível para iniciar discussões sobre temas complexos como tempo de tela, segurança online, alfabetização digital, desenvolvimento socioemocional na era digital, e a importância do diálogo entre família e escola. Ele se torna uma ponte para abordar essas questões com leveza, mas com profundidade.
Como multiplicadora em educação midiática, diversidade e direitos humanos, vejo este vídeo como uma ferramenta pedagógica excepcional. Ele precisa ser visto como uma provocação lúdica, uma forma leve de gerar rodas de conversas e debates. O exagero do comercial abre portas para discutir a alfabetização midiática desde cedo, a importância de ensinar a pensar criticamente sobre o conteúdo que consumimos e produzimos online, e como a diversidade e os direitos humanos se manifestam (ou deveriam se manifestar) no ambiente digital. Ele nos permite questionar as narrativas e os impactos da tecnologia de uma maneira acessível, transformando o que poderia ser um tema árido em um convite ao diálogo e à reflexão crítica.
Ao inserir este vídeo, no site doprograma “Escola de Pais“, sinaliza imediatamente que compreende as minhas preocupações e a realidade das famílias contemporâneas, utilizando uma linguagem relevante para o público. Ele não apenas divulga o programa, mas o posiciona como um guia essencial para navegar os desafios e construir um futuro mais conectado e equilibrado para nossas crianças.
Um Farol Que Ilumina Nossas Práticas e Continua Vivo!
Queridos(as) orientadores(as), sejam vocês, educadores, pais, ou todos que guiam outros no caminho do conhecimento e do desenvolvimento, hoje, queremos falar de um mestre que, mesmo após seu centenário, permanece como um pilar fundamental para a nossa missão.
Há exatos quatro anos, em setembro de 2021, o mundo celebrava os 100 anos do nascimento de Paulo Freire. E para nós, pernambucanos, há um orgulho imenso em ter um conterrâneo que se tornou o patrono da educação brasileira e uma referência global. Mas, mais do que uma celebração de datas, é a sua permanente atualidade que nos convida à reflexão constante.
Naquele período, a TV Cultura, por exemplo, marcou a ocasião com um documentário inédito, apresentado por Leão Serva, que explorou a vida e obra desse gigante. Foi um lembrete vívido de que Freire não é apenas história, mas uma filosofia de vida e de ensino que nos inspira a cada dia.
Um Pensador Que Ultrapassou Fronteiras e Nos Deixou um Legado Prático
A influência de Paulo Freire é inegável. Sua obra-prima, “Pedagogia do Oprimido”, é um tratado que desafia e transforma, lido e estudado em todos os continentes. Freire não apenas teorizou; ele praticou, ensinou em universidades renomadas como Harvard (EUA) e Cambridge (Inglaterra), e recebeu mais de 40 títulos de Doutor Honoris Causa, de Oxford a Coimbra. Ele provou que a teoria e a prática caminham juntas, um princípio que tanto valorizamos em nosso trabalho de orientação.
O documentário “Paulo Freire, 100 Anos” revisitou não só a grandiosidade de suas ideias, mas também a resiliência de seu pensamento frente aos desafios e ataques. Isso nos mostra que as verdades fundamentais sobre a educação libertadora são perenes e resistem ao tempo.
Reflexões para Quem Orienta: Trazendo Freire para o Nosso Cotidiano
No Orientando Quem Orienta, sabemos que a escuta, o diálogo e o respeito à autonomia são chaves para uma orientação eficaz. E esses são valores freirianos essenciais! Freire nos ensina a olhar para o outro não como um recipiente vazio a ser preenchido, mas como um ser pensante, capaz de construção e transformação.
Por isso, convidamos você, nosso(a) leitor(a) e orientador(a), a refletir conosco:
Qual livro de Paulo Freire ressoou mais profundamente em você? Seja “Pedagogia do Oprimido”, “Pedagogia da Autonomia”, ou qualquer outra de suas obras, qual trecho ou conceito mudou sua forma de ver a educação ou a relação com seus orientandos?
De que maneira você incorpora a visão freiriana de “dialogicidade”, “problematização” ou de uma “educação libertadora” em suas interações com crianças, alunos, pais ou colegas? Como você estimula o pensamento crítico e a participação ativa daqueles que você orienta?
Acreditamos que, ao dialogar sobre nossas práticas inspiradas em Paulo Freire, fortalecemos nossa comunidade e potencializamos o impacto de cada orientação.
Como professora que vive e aplica os ensinamentos do meu conterrâneo, o Mestre Paulo Freire, convido você a explorar uma nova inspiração: o Programa Escola de Pais, com a metodologia Orientando Quem Orienta.
Nasci no sertão, primeira filha de uma família típica pernambucana, com seis filhos. Desde muito cedo, mamãe, uma costureira, ao seu modo, apresentou-me conceitos que, até hoje, me possibilitam o maior número de conexões e, principalmente, me ensinaram a ser gente.
“Escreveu, não leu, o palco é meu. Quando chegar, quero encontrar pronto e só te ensino uma vez.” Esse é o tripé que estrutura essas conexões, e após os filtros mentais, percebo que mamãe demonstrou, sua competência amorosa, disseminando os valores universais, projetando-me que me projetaram para um mundo de possibilidades, para que eu desenvolvesse minhas múltiplas potencialidades criativas e para resolver problemas.
Cedo, aprendi o significado do verbo “cuidar”. Cuidar de mim, cuidar da casa, cuidar da roupa. Também aprendi que para ser, é preciso transgredir. “Graça, vem cuidar, menina.” Ainda ouço esse chamado. A resiliência foi e continua sendo uma aprendizagem constante de superação.
Ao entrar em contato com essas potencialidades, percebo que como fui criada garantiu a minha busca constante por um mundo melhor.
Sou curiosa e falante. Amo maiêutica! Tenho uma alma animada e, principalmente, gosto de gente. Ao final deste ano, posso contar com orgulho que, aos meus 48 anos de convivência na e pela educação, percebo que me tornei uma pessoa melhor, entendendo que a palavra tem poder e que, antes de tudo, educar é um ato de amor, presente em cada gesto, em cada olhar, em cada toque. Aprendi intensamente sendo mãe.
Ampliando a dimensão sistêmica do meu aprendizado, com papai aprendi os primeiros conceitos de sustentabilidade por ações simples, mas pedagógicas e sofisticadas: “Volte e apague a luz. Feche a torneira para escovar os dentes.” Sinto-me uma profissional consciente e sei qual é o meu lugar no mundo. Afinal, mamãe desempenhou muito bem seu papel de ser meu farol.
Na caminhada em busca de quem sou eu, conheci e convivi com pessoas surpreendentes de áreas diversas que influenciam o eterno e infinito desejo transdisciplinar de me dedicar ao despertar do potencial humano, sempre sustentada por uma proposta centrada nos valores humanos.
Alguns penduricalhos vieram com a jornada acadêmica como professora, pedagoga e orientadora educacional. Outros, tão ou mais importantes, só poderemos perceber quando caminharmos juntos, ousarmos olhar nos olhos, nos abraçarmos e sentirmos a nossa ecologia pessoal.
Sou, Graça Santos, uma cidadã planetária. Vamos caminhar juntos?
Trecho extraído do livro Coaching Educacional, de minha autoria. Esta obra marcou a publicação do meu primeiro livro em 2012 – Editora Leader.1
Imagine uma escola onde professores, pais e alunos trabalham como uma equipe, aprendendo uns com os outros, costurando saberes para criar um futuro melhor. Parece ideal demais?
Hoje, no século XXI, essa união não é mais um sonho distante. É uma necessidade urgente para o sucesso dos nossos filhos e para o fortalecimento da comunidade escolar.
Mas como transformar reuniões formais e conversas rápidas em uma parceria viva, capaz de responder aos desafios da educação no tempo presente?
Muitas vezes, escolas e famílias vivem em “mundos paralelos”: a escola com sua rotina e metas pedagógicas; a família com sua correria, expectativas e preocupações. A falta de diálogo real cria distanciamento, desconfiança e, em alguns casos, conflitos silenciosos.
Quando essa conexão se perde, os maiores prejudicados são os estudantes. Sem alinhamento, eles recebem mensagens contraditórias, enfrentam dificuldades emocionais e perdem oportunidades de desenvolver as competências essenciais para viver e trabalhar no mundo de ho
Em mais de 40 anos de atuação na educação e no desenvolvimento humano, vi de perto como o simples ato de escutar, dialogar e agir juntos pode transformar o aprendizado, fortalecer vínculos e preparar jovens para enfrentar a vida com mais confiança e autonomia
Com experiência em programas de gestão avançada, liderança e inovação educacional, desenvolvi o Programa Educação e Família – Orientando quem Orienta para aproximar e capacitar quem educa, usando recursos da neurociência, da disciplina positiva e da educação inclusiva para criar pontes reais entre escola e família.
O programa oferece encontros, vivências e estratégias que ajudam educadores e famílias a:
Criar canais de comunicação claros e afetivos;
Desenvolver competências socioemocionais e soft skills;
Trabalhar com inclusão e diversidade;
Entender as diferenças entre gerações e adaptar a comunicação;
Construir juntos um projeto de vida para os estudantes, do Ensino Fundamental ao Ensino Médio.
O convite é simples e poderoso: vamos aprender a aprender juntos, costurar saberes e reimaginar colaborativamente o futuro que queremos para nossos filhos e alunos. Escola e família, lado a lado, podem transformar a educação em uma experiência viva, inclusiva e significativa.
O World Café, enquanto metodologia, é uma poderosa ferramenta para promover a inteligência coletiva, especialmente no contexto educacional. Em minha experiência, o grande valor dessa metodologia reside na sua capacidade de transformar a dinâmica da conversa em uma estratégia de construção de conhecimento de forma orgânica e democrática. Ao aplicar o World Café para a implantação e implementação de Escolas de Pais, podemos explorar o potencial dessa ferramenta de forma inovadora, integrando a comunidade escolar e fortalecendo os laços entre pais, educadores e alunos.
1. A Inteligência Coletiva como Pilar da Transformação Escolar
No contexto das escolas, onde a educação precisa ser cada vez mais coletiva e inclusiva, o World Café surge como uma ponte entre as diferentes partes envolvidas no processo educacional. Ao reunir pais, educadores, e até mesmo os próprios alunos, o World Café oferece um ambiente seguro e dinâmico para o compartilhamento de ideias e práticas. Essa troca permite a construção de uma visão comum, onde as diversas perspectivas se encontram e se complementam, enriquecendo a proposta educativa.
Em minha visão, o World Café não é apenas um espaço de diálogo, mas uma ferramenta estratégica para amplificar a inteligência coletiva. É um convite para que cada participante assuma um papel ativo na construção do futuro da escola, alinhando-se à ideia de uma educação mais colaborativa, disruptiva e conectada com as demandas contemporâneas.
2. Escolas de Pais: Um Espaço de Transformação Social
Quando falamos sobre Escolas de Pais, a proposta vai além da simples troca de informações sobre a educação dos filhos. Estamos falando de um espaço para a transformação social, onde a visão sobre o papel dos pais e educadores no processo educacional é revista, reimaginada e reconstruída.
O World Café oferece a possibilidade de articular temas essenciais para a formação de pais e educadores, como: responsabilidade compartilhada, valorização da diversidade, desenvolvimento emocional e social dos alunos, e construção de uma educação integral. Ele permite que todos os envolvidos se vejam como coautores de um processo de transformação, não apenas como receptores de informações.
3. A Aplicação do World Café nas Escolas de Pais
A metodologia pode ser usada para envolver os pais de forma ativa e criativa, criando momentos em que eles se sintam parte de um projeto coletivo. Ao utilizar o World Café, as escolas de pais não são apenas aulas expositivas, mas encontros que promovem a participação ativa, fazendo com que todos, de fato, se sintam ouvindo e sendo ouvidos.
Etapas de implementação do World Café em uma Escola de Pais:
Definir o tema central: Escolher temas que sejam relevantes para a comunidade escolar, como a importância da participação dos pais no processo de aprendizagem ou como lidar com as questões emocionais dos filhos.
Dividir os pais em pequenos grupos: Cada grupo trabalha de maneira focada em um aspecto do tema, desenvolvendo soluções criativas, experiências e práticas que podem ser compartilhadas com o grupo maior.
Rodízio e troca de ideias: As pessoas circulam entre as mesas, levando e compartilhando novas perspectivas sobre o tema, o que possibilita uma troca fluida e rica de informações.
Sistematização e ação: Ao final do processo, as conclusões e as ideias geradas durante as discussões são sintetizadas e transformadas em ações concretas que podem ser implementadas tanto na escola quanto em casa.
4. O Impacto no Desenvolvimento da Comunidade Escolar
O grande impacto do World Café em um projeto de Escola de Pais é a fortalecida conexão entre todos os membros da comunidade escolar. Essa metodologia permite que os pais compreendam que a educação de seus filhos não é responsabilidade de uma única pessoa ou instituição, mas de uma rede colaborativa. Ao fortalecer o protagonismo dos pais, o World Café promove a autonomia e o empoderamento dessa comunidade, criando um ciclo de confiança e colaboração que reverbera dentro da escola e na vida dos alunos.
Além disso, a metodologia também promove o desenvolvimento de competências emocionais, tanto dos educadores quanto dos pais. Ao serem desafiados a pensar de forma colaborativa e a refletir sobre o impacto das suas ações, todos se tornam mais conscientes das suas responsabilidades e mais preparados para atuar de forma estratégica no desenvolvimento da educação dos filhos.
5. Conexão com o Futuro da Educação
A utilização do World Café como estratégia para as Escolas de Pais está profundamente alinhada com a necessidade de inovação na educação. Em um cenário em que a Agenda 2030 aponta para um novo modelo de educação, mais inclusivo e adaptável, o World Café oferece uma forma de reconstruir as práticas educacionais e fortalecer a conexão entre a escola e a sociedade.
O que propomos aqui é uma verdadeira metodologia disruptiva, que desafia os modelos tradicionais de ensino e cria uma rede de inteligência coletiva. Ao incorporar o World Café na implementação de Escolas de Pais, estamos, na prática, criando um movimento de transformação educacional que coloca as pessoas no centro do processo, valorizando as suas experiências, suas ideias e seus saberes.
Conclusão
Em minha visão, a implementação do World Café nas Escolas de Pais não é apenas uma técnica de facilitação, mas uma estratégia de transformação profunda. Ao gerar inteligência coletiva, ela amplia a capacidade de colaboração e inovação da comunidade escolar, ajudando a criar uma educação mais humana, conectada e preparada para os desafios do futuro. É, portanto, uma metodologia que se alinha com os meus princípios de gestão humana e inovadora, focada no desenvolvimento integral das pessoas, na construção de redes colaborativas e na promoção da aprendizagem contínua.
ATENÇÃO, ESCOLAS E LÍDERES EDUCACIONAIS!
Você está pronto para transformar a sua escola e criar um ambiente verdadeiramente colaborativo? Ao adotar o World Café como metodologia nas Escolas de Pais, você pode envolver a comunidade escolar em um processo de construção coletiva que transformará a educação de sua instituição.
Agora, imagine ter professores capacitados para serem os guardiões dessa metodologia inovadora dentro da sua escola. A consultoria “Orientando Quem Orienta” está aqui para desenvolver e capacitar seus educadores, criando uma rede de facilitadores que irão guiar o processo de implementação do World Café com maestria e eficácia.
Invista no futuro da sua escola e proporcione aos seus educadores as ferramentas necessárias para fomentar uma cultura de inteligência coletiva. Vamos juntos transformar sua escola em um verdadeiro centro de inovação educacional!
Entre em contato e leve a mudança para sua escola com a nossa consultoria especializada!
Diante dos inúmeros desafios que fazem parte da rotina da Orientação Educacional, uma das grandes demandas que gera sobrecarga e exige extrema organização é o acompanhamento da frequência dos alunos e o preenchimento da FICAI – Ficha de Comunicação de Aluno Infrequente, conforme as orientações das Secretarias de Educação em parceria com os Conselhos Tutelares.
O processo de levantamento das faltas, busca ativa, contato com as famílias, registro das justificativas e organização das informações demanda tempo, atenção e cuidado. Em muitos momentos, essa atividade se torna uma dor na rotina do orientador, que já lida com múltiplas funções e atendimentos diários.
Pensando em reduzir esse impacto, otimizar o tempo e tornar a gestão desse processo mais eficiente, compartilho a prática que venho aplicando: a criação de um Formulário Online de Justificativas de Faltas. Uma ferramenta que responde à necessidade de tornar esse processo mais ágil, organizado, acessível e seguro, tanto para as famílias quanto para a escola.
Por meio dessa estratégia, o Orientador Educacional consegue coletar, organizar e acessar os dados em tempo real, facilitando o acompanhamento dos alunos, o registro formal das informações e o preenchimento correto da FICAI, garantindo, assim, a efetividade das ações de proteção ao direito à educação.
Orientações para o Orientador Educacional – Criação e Gestão do Formulário de Justificativas de Faltas
Pensando em otimizar o tempo, melhorar a organização e tornar mais eficiente o controle das justificativas de faltas e o preenchimento da FICAI, o Orientador Educacional pode criar um Formulário Online no Google Forms, acessível para todos os responsáveis da escola.
Essa ferramenta permite: >>Reunir, de forma prática, as informações das justificativas de faltas. >>Organizar automaticamente os dados em uma planilha online. >>Facilitar o acompanhamento da frequência e o preenchimento correto da FICAI, conforme as normas da Secretaria de Educação.
Como Criar o Formulário – Passo a Passo para o Orientador
Clique em “+ em branco” para iniciar um novo formulário.
Crie os Campos Obrigatórios:
Nome completo do aluno(a)
Turma (crie uma lista com todas as turmas da escola, de todos os turnos, para que as famílias possam selecionar corretamente)
Data(s) da(s) falta(s)
Nome completo do responsável
Telefone para contato
Motivo da falta (campo descritivo para o responsável informar o motivo)
Anexar atestado ou documento (opcional – ativar a opção de upload de arquivo)
Personalize e Organize:
Insira a identificação da escola no título do formulário.
Coloque uma mensagem clara no início, explicando que este é o canal oficial para justificar faltas escolares.
Compartilhe com as Famílias:
Gere o link no botão “Enviar” → Link.
Divulgue para todos os turnos e turmas, nos grupos de WhatsApp, na agenda dos alunos, nos murais físicos ou redes da escola.
Como Usar as Respostas:
Na aba “Respostas”, clique no ícone da planilha (Criar Planilha).
Todos os dados preenchidos irão automaticamente para a planilha vinculada, organizada por: >> Nome do aluno >> Turma >> Data(s) da(s) falta(s) >> Motivo informado >> Telefone do responsável >> Comprovante (se houver)
Utilize os filtros da planilha para organizar por turma, período ou aluno.
Essa planilha servirá como base para preencher a FICAI, registrar em ATA da orientação e acompanhar reincidências de faltas.
Benefícios Diretos:
>>Formulário único para todas as turmas e turnos. >>Dados organizados em tempo real. >>Facilidade para localizar informações e preencher a FICAI. >>Agilidade na comunicação com as famílias. >>Segurança e arquivamento digital dos registros.
Que possamos, como Orientadores Educacionais, transformar desafios em soluções inteligentes, tornando nossa prática mais leve, eficiente e significativa. Inovar não é apenas usar novas ferramentas, mas é também reinventar nosso jeito de cuidar, acompanhar e proteger o direito de aprender.
Organizar o tempo, facilitar os processos e fortalecer a parceria com as famílias é também um ato de cuidado e compromisso com uma educação de qualidade. Que essa experiência inspire você a construir caminhos mais simples, ágeis e humanizados, sem prescindir da responsabilidade que a FICAI exige, mas sim tornando sua gestão mais eficiente e conectada com as demandas do nosso tempo.
Um carinho Pedagógico para Orientadores Educacionais
Para acessar um conteúdo ainda mais completo, clique aqui e receba um presente, um carinho pedagógico desta Orientadora Educacional, que segue com os pés, os braços, as mãos e o coração inteiros na escola, vivendo e construindo, todos os dias, a realidade da Educação Infantil.
Desde os primeiros passos da minha carreira, busquei entender que a educação não se limita às quatro paredes da sala de aula. Foi com essa visão que fundei a empresa Orientando Quem Orienta, um projeto que surgiu de um insight profundo sobre a necessidade de reconfigurar o olhar sobre a educação do diretor de escola, considerando as demandas da sociedade e as mudanças rápidas e imprevisíveis que o mundo VUCA e BANI impõem a cada dia.
Minha jornada também é marcada por minha experiência como escritora. Compartilho, por meio das palavras, as vivências e as lições acumuladas ao longo dos anos, desde a criação e execução de políticas públicas educacionais até a ocupação de cargos que me permitiram compreender que a educação vai muito além da simples instrução de conteúdos. A educação é, na verdade, um campo de transformação contínua, uma construção coletiva de soluções que nos permite lidar com os desafios sociais, tanto no contexto escolar quanto em toda a sociedade. Cada passo da minha trajetória tem sido guiado por uma visão mais ampla e integrada, onde educar significa atuar ativamente na construção do futuro.
Design Thinking surge como uma abordagem poderosa para facilitar a estruturação do pensamento e das relações. Essa abordagem, que promove a empatia, a colaboração e a experimentação, permite aos educadores e líderes criar soluções inovadoras e eficazes para os desafios educacionais que enfrentam. Ao aplicar os princípios do Design Thinking, conseguimos compreender as necessidades reais dos estudantes e das comunidades educacionais, redefinir os problemas de forma criativa e criar soluções que sejam, ao mesmo tempo, práticas e impactantes.
Ao longo dessa jornada, percebi uma lacuna crítica: a formação universitária, embora forneça uma base teórica sólida, ainda carece de ferramentas que capacitem educadores e empreendedores a enfrentarem os desafios reais do mundo. Na universidade, por exemplo, não aprendemos a empreender ideias ou a resolver problemas de forma criativa e prática. Também faltam competências essenciais como o pensamento complexo e a adaptação às novas realidades. Esse vazio se torna ainda mais evidente em um mundo pós-pandemia, onde a complexidade e a incerteza se tornaram parte de nosso cotidiano.
Foi exatamente nesse cenário que minha empresa, Orientando Quem Orienta, nasceu. O objetivo da empresa é preparar educadores e líderes para os desafios atuais, oferecendo-lhes competências fundamentais para resolver conflitos, empoderar lideranças e cultivar uma mentalidade inovadora, capaz de entender e lidar com as camadas de complexidade que caracterizam o ambiente educacional de hoje. A educação, portanto, precisa ir além do ensino formal de conteúdos; ela deve formar líderes e pensadores críticos, que possam atuar como agentes de transformação em espaços sociais mais amplos, não apenas no ambiente escolar.
Hoje, o mercado exige profissionais capacitados para resolver problemas, com habilidades de gestão de conflitos, que enxerguem a diversidade como um valor e saibam se adaptar a um ambiente educacional fluido e dinâmico. Como empreendedora e pedagoga, dedico meu trabalho a criar soluções práticas que permitam aos educadores aplicar metodologias e abordagens inovadoras em suas práticas diárias, ajudando-os a ser mais eficazes no desenvolvimento de projetos que realmente façam a diferença.
Neste contexto, o Design Thinking surge como uma abordagem poderosa para facilitar a estruturação do pensamento e das relações. Essa abordagem, que promove a empatia, a colaboração e a experimentação, permite aos educadores e líderes criar soluções inovadoras e eficazes para os desafios educacionais que enfrentam. Ao aplicar os princípios do Design Thinking, conseguimos compreender as necessidades reais dos estudantes e das comunidades educacionais, redefinir os problemas de forma criativa e criar soluções que sejam, ao mesmo tempo, práticas e impactantes.
O Design Thinking facilita a construção de uma mentalidade de inovação, permitindo que os educadores trabalhem de maneira colaborativa, testem ideias e ajam de forma ágil, adaptando-se rapidamente às mudanças. Ele promove uma abordagem multidisciplinar que pode ajudar a superar os desafios emocionais, sociais e cognitivos que os estudantes enfrentam, criando um ambiente educacional mais inclusivo, humano e eficaz.
Esse ano, especialmente em agosto, completo 8 anos como facilitadora de Design Thinking para Educadores, e não posso deixar de refletir sobre o impacto dessa jornada na minha própria forma de pensar e agir. Foi transformador. Meu cérebro, minhas ideias e tudo o que proponho hoje são gerados pelo pensamento de design. Ele me permitiu olhar para os desafios educacionais de maneira diferente, criativa e inovadora. Cada metodologia que compartilho e cada ação que tomo têm essa mentalidade como base. O Design Thinking não apenas modificou a minha prática pedagógica, mas transformou minha visão de mundo e como vejo a educação.
Na atualidade, é imperativo que o pensamento pedagógico se modernize. Precisamos preparar os educadores para atuar de forma estratégica, utilizando ferramentas como o Design Thinking para estabelecer uma cultura de inovação educacional. Essa cultura deve ser capaz de responder às novas demandas do mercado, mas também aos desafios emocionais e psicológicos dos estudantes. A formação de um pedagogo ou educador precisa ser multidimensional, capaz de atender a todas as dimensões da formação humana, cognitiva, emocional, social e ética.
O meu compromisso com a transformação real da educação não é apenas reflexivo, mas também prático. Utilizo meu capital intelectual para agir de forma concreta, criando soluções que ajudem a educar de maneira mais inclusiva, inovadora e transformadora. Cada passo dado em minha jornada visa criar um futuro educacional que seja capaz de responder aos desafios do nosso tempo, aplicando metodologias como o Design Thinking para conectar teoria, prática e inovação.
Agora, com o avanço da inteligência artificial, me pergunto: será que todos têm o discernimento necessário para refletir sobre essas questões? Será que conseguem idealizar e contextualizar suas perguntas para terem respostas de forma que realmente reflitam sua trajetória e pensamento? A pergunta “Quem sou eu para educar?” me acompanha desde os anos 80 e, à medida que os tempos mudam, ela se torna ainda mais pertinente e persistente. Em um mundo de constantes mudanças, o papel de educador nunca foi tão desafiador. E, com a ajuda do Design Thinking, temos a capacidade de repensar, inovar, cocriar e transformar a educação de maneira profunda e impactante.