Alunos da rede estadual do Rio de Janeiro concluem Programa Enter Jovem Plus


Coordenadora Estadual de Ensino Médio Graça Santos, Wilson Risolia Secretário de Educação
Maria Minerva, Diretora Geral de Educação e Subsecretário de Ensino Antonio Neto.



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Exposição sobre O PEQUENO PRÍNCIPE

Todo mundo já leu ou já assistiu Filme, desenho, peça ou alguma história em alusão ao PEQUENO PRÍNCIPE, O que pouco sabem é como ele foi concebido e quem é o pai dessa Obra de ARTE:

O Pequeno Príncipe é um livro escrito pelo autor, jornalista e piloto francês Antoine de Saint-Exupéry। Foi escrito em 1943, um ano antes de sua morte. É sua obra mais conhecida. Do lado de fora parece ser um simples livro para crianças. O Pequeno Príncipe é na verdade um livro profundo, escrito de forma enigmática e metafórica. Um livro poético e filosófico sem igual. Esse livro foi traduzido para muitas outras línguas, sendo seu original em francês. Também dele foram feitos histórias para serem ouvidas, filmes e desenhos animados, além de adaptações.


Antoine de Saint-Exupéry

Militar, aviador e escritor francês nascido em Lyon, que ficou famoso mundialmente como autor da fábula infantil para adultos, traduzida no mundo inteiro, Le Petit Prince (1943), o conhecidíssimo O pequeno príncipe. De uma família aristocrática empobrecida, obteve licença de piloto quando já estava no serviço militar (1922). Depois ingressou na aviação pela companhia Latécoère (1926) e ajudou a implantar rotas de correio aéreo na África, América do Sul e Atlântico sul, além de ter sido pioneiro nos vôos Paris-Saigon e Nova York-Terra do Fogo e, nesse período publicou o primeiro livro, CourrierSud (1929).

Depois trabalhou como piloto de provas, adido de publicidade para a companhia aérea AirFrance e repórter do Paris-Soir. Editou seu segundo romance, Vol de nuit (1931), e registrou suas próprias aventuras em Terre des hommes (1939). Entrou para a aviação aliada, mas com a queda da França em poder dos nazistas, fugiu para os Estados Unidos. Ali, escreveu Lettre à un otage (1943), uma exortação à unidade dos franceses, e o o seu mais famoso livro: O pequeno príncipe.

Voltou à força aérea (1943) e morreu em missão secreta no norte da África (1944) sendo os restos do seu monomotor encontrado sob as águas do Mediterrâneo (2003)। Postumamente ainda foi publicado mais um livro seu:Citadelle (1948), um volume de reflexões।

curiosidade

Por Natal Ser uma base avançada dos aliados na 2ª Grande Guerra, era bastante comum ele passar em terras potiguares por isso existe uma teoria de que a capital do RN deu inspiração para ele escrever o PEQUENO PRÍNCIPE.

“Sol, praias com dunas, muitas atrações e clima aconchegante. Um lugar assim poderia inspirar até mesmo romance de livros – e inspirou! O escritor Antoine de Saint-Exupery em uma visita a Natal, se encantou pela cidade e usou um de seus símbolos, o baobá gigante, na história de seu livro mais famoso “O Pequeno Príncipe”।”

PROJETO VÔO DA ÁGUIA – CMCP -Conselho Mundial de Cidadania Planetária

A Faculdade Antônio Propício Aguiar Franco – FAPAF, é uma Insituição de Ensino Superior mantida pela Fundação de Desenvolvimento Sustentável do Cantão, localizada no município de Pium-TO, que compreende a formação profissional superior e tecnológica, como uma possibilidade de crescimento econômico e social para o município e toda a região Oeste do Estado do Tocantins, em especial os municípios circunvizinhos, oferecendo formação superior, atualização e capacitação adequada num mundo em constante mutação e altamente concorrencial, globalizado, competitivo e exigente, em termos de qualidade e de produtividade.


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O projeto “Vôo da Águia” é a maior estratégia global organizada, justa, transparente, includente e participativa já lançada a nível mundial, e visa estabelecer a unidade e a interação com a comunidade de Empreendedores Sociais/Cidadãos Planetários que estão fazendo a mudança necessária pela transformação e preservação da Terra e plenitude humana. Cada Cidadão Planetário é um verdadeiro Guardião da Terra, e merece ser reconhecido, exponenciado e apoiado. O Vôo da Águia representa essa projeção, esse “vôo”.

O projeto “Vôo da Águia” visa:

 Mapear, certificar e exponenciar empreendedores sociais transdisciplinares nos 5 continentes;

 Expedir títulos acadêmicos honoríficos de Cidadania Planetária;

 Inserir e estimular pessoas em projetos de vida pertinentes. Instituições nacionais e internacionais, redes e pessoas de bem estão sedentas para apoiar, interagir, multiplicar essas idéias e crescer com este público, afinal, sempre é tempo de fazer a história, construir novos caminhos para humanidade, e mudar grandes estigmas como este, lançado por Luther king: “O que mais me preocupa é o silêncio dos bons”.




Rubem Alves: A arte de produzir fome

Adélia Prado me ensina pedagogia. Diz ela: “Não quero faca nem queijo; quero é fome”. O comer não começa com o queijo. O comer começa na fome de comer queijo. Se não tenho fome é inútil ter queijo. Mas se tenho fome de queijo e não tenho queijo, eu dou um jeito de arranjar um queijo…

Sugeri, faz muitos anos, que, para se entrar numa escola, alunos e professores deveriam passar por uma cozinha. Os cozinheiros bem que podem dar lições aos professores. Foi na cozinha que a Babette e a Tita realizaram suas feitiçarias… Se vocês, por acaso, ainda não as conhecem, tratem de conhecê-las: a Babette, no filme “A Festa de Babette”, e a Tita, em “Como Água para Chocolate”. Babette e Tita, feiticeiras, sabiam que os banquetes não começam com a comida que se serve. Eles se iniciam com a fome. A verdadeira cozinheira é aquela que sabe a arte de produzir fome…

Quando vivi nos Estados Unidos, minha família e eu visitávamos, vez por outra, uma parenta distante, nascida na Alemanha. Seus hábitos germânicos eram rígidos e implacáveis.


Não admitia que uma criança se recusasse a comer a comida que era servida. Meus dois filhos, meninos, movidos pelo medo, comiam em silêncio. Mas eu me lembro de uma vez em que, voltando para casa, foi preciso parar o carro para que vomitassem. Sem fome, o corpo se recusa a comer. Forçado, ele vomita.


Toda experiência de aprendizagem se inicia com uma experiência afetiva. É a fome que põe em funcionamento o aparelho pensador. Fome é afeto. O pensamento nasce do afeto, nasce da fome. Não confundir afeto com beijinhos e carinhos. Afeto, do latim “affetare”, quer dizer “ir atrás”. É o movimento da alma na busca do objeto de sua fome. É o Eros platônico, a fome que faz a alma voar em busca do fruto sonhado.


Eu era menino. Ao lado da pequena casa onde morava, havia uma casa com um pomar enorme que eu devorava com os olhos, olhando sobre o muro. Pois aconteceu que uma árvore cujos galhos chegavam a dois metros do muro se cobriu de frutinhas que eu não conhecia.


Eram pequenas, redondas, vermelhas, brilhantes. A simples visão daquelas frutinhas vermelhas provocou o meu desejo. Eu queria comê-las.


E foi então que, provocada pelo meu desejo, minha máquina de pensar se pôs a funcionar. Anote isso: o pensamento é a ponte que o corpo constrói a fim de chegar ao objeto do seu desejo.


Se eu não tivesse visto e desejado as ditas frutinhas, minha máquina de pensar teria permanecido parada. Imagine se a vizinha, ao ver os meus olhos desejantes sobre o muro, com dó de mim, tivesse me dado um punhado das ditas frutinhas, as pitangas. Nesse caso, também minha máquina de pensar não teria funcionado. Meu desejo teria se realizado por meio de um atalho, sem que eu tivesse tido necessidade de pensar. Anote isso também: se o desejo for satisfeito, a máquina de pensar não pensa. Assim, realizando-se o desejo, o pensamento não acontece. A maneira mais fácil de abortar o pensamento é realizando o desejo. Esse é o pecado de muitos pais e professores que ensinam as respostas antes que tivesse havido perguntas.


Provocada pelo meu desejo, minha máquina de pensar me fez uma primeira sugestão, criminosa. “Pule o muro à noite e roube as pitangas.” Furto, fruto, tão próximos… Sim, de fato era uma solução racional. O furto me levaria ao fruto desejado. Mas havia um senão: o medo. E se eu fosse pilhado no momento do meu furto? Assim, rejeitei o pensamento criminoso, pelo seu perigo.


Mas o desejo continuou e minha máquina de pensar tratou de encontrar outra solução: “Construa uma maquineta de roubar pitangas”. McLuhan nos ensinou que todos os meios técnicos são extensões do corpo. Bicicletas são extensões das pernas, óculos são extensões dos olhos, facas são extensões das unhas.


Uma maquineta de roubar pitangas teria de ser uma extensão do braço. Um braço comprido, com cerca de dois metros. Peguei um pedaço de bambu. Mas um braço comprido de bambu, sem uma mão, seria inútil: as pitangas cairiam.


Achei uma lata de massa de tomates vazia. Amarrei-a com um arame na ponta do bambu. E lhe fiz um dente, que funcionasse como um dedo que segura a fruta. Feita a minha máquina, apanhei todas as pitangas que quis e satisfiz meu desejo. Anote isso também: conhecimentos são extensões do corpo para a realização do desejo.


Imagine agora se eu, mudando-me para um apartamento no Rio de Janeiro, tivesse a idéia de ensinar ao menino meu vizinho a arte de fabricar maquinetas de roubar pitangas. Ele me olharia com desinteresse e pensaria que eu estava louco. No prédio, não havia pitangas para serem roubadas. A cabeça não pensa aquilo que o coração não pede. E anote isso também: conhecimentos que não são nascidos do desejo são como uma maravilhosa cozinha na casa de um homem que sofre de anorexia. Homem sem fome: o fogão nunca será aceso. O banquete nunca será servido.


Dizia Miguel de Unamuno: “Saber por saber: isso é inumano…” A tarefa do professor é a mesma da cozinheira: antes de dar faca e queijo ao aluno, provocar a fome… Se ele tiver fome, mesmo que não haja queijo, ele acabará por fazer uma maquineta de roubá-los. Toda tese acadêmica deveria ser isso: uma maquineta de roubar o objeto que se deseja…


Rubem Alves, 68, é educador e psicanalista. Está relendo “O Livro dos Seres Imaginários”, de Jorge Luis Borges. Acabou de escrever um livro para suas netas —uma máquina do tempo a viajar pelo seu mundo de menino. Conta da casa de pau-a-pique, do fogão de lenha, do banho na bacia. Lançou “Conversas sobre Política” (Verus).